domingo, 8 de março de 2009

Você não pode mais.


Você não pode mais.
Não aguentará mais uma vez.
Seria sofrimento demais para uma
pessoa de coração puro como o seu.

Você não tem mais vida, já reparou?
Faz, de uma pequena coisa, sua vida.
Assim, faz sua vida uma pequena coisa.
Mas, de maneira inconciente, a enxerga grande.
De fato, ninguém sabe a sua dimensão. Nem você.
Não há unidade de medida para isso.

Você já não vive mais cada dia por dia.
Antes mesmo do dia acabar,
já aguarda o seguinte, e o depois.
Planeja o que fazer, planeja o que dizer,
acreditando que assim será mais fácil,
quando na verdade é o contrário.

Por que você apenas não deixa levar?
Por que você não faz o que deseja?
Por que você impede que seu coração fale?
Parace tão difícil para você, e talvez até seja.
Você fica vendo como as pessoas são,
tentando descobrir isso ao decorrer dos dias.
Não reparou que isso é feio? Chega!

Você não é ator. Mesmo que fosse,
atores não utilizam esses artifícios.
Então, por qual motivo o faz?
Seria o mal do costume?
Que costume é esse que só te
apresenta maus resultados?

Não é tarde, e você sabe.
Pare de alimentar algo que ainda nem existe.
E, se existir, caminhe a passo lentos. Não seja tão intenso.
Você só consegue ser inteiramente você quando existe.
Até lá, não consegue. Como conseguir?
Só você sabe. Só você é capaz de mudar.
Mudar, para se sentir melhor.
Mudar por você e por mais ninguém.

▪ Obrigado, May. Te amo.

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