segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aquela mesma casa.


Sim, ainda é ela. A mesma casa.
Aquela que acolheu vários momentos.
Bons, ruins, acolheu. Todos.
A casa que todos os domingos se enchia.
Enchia de gente, de alegria. De alegria.
Domingo, seu dia.

A casa que fazia-nos contruir outras casas.
Fazia-nos fugir um pouco do cotidiano.
Fazia-nos entrar em uma órdem que não era nossa.
Fazia-nos dormir tarde e acordar cedo com o canto das galinhas.
Fazia-nos ficar sujos, tomar banho no fim da tarde e lanchar.
Gosto de queijo com presunto ou atum com maionese.
O de sempre. Sempre bom.

Aquela onde se comemoravam todos os aniversário.
Aquela onde se festejavam todos os comemorativos.
Aquela onde se tiravam as melhores fotos
Aquela que reunia todos no Natal.
Que deixava-nos apreencivos com os presentes.
Que deixava-nos encantados com com o clima.
Que, no dia seguinte, reunia-nos novamente.
E de novo, e novamente.

Hoje, ele calado sofre.
Ela sofre falando.
E eles tomam ações.

Não falo da casa em sí, como matéria.
Falo da casa como espirito, que não muda.
Da casa que, notando, ainda é a mesma
A que ainda é a mesma sem ser, pois ainda falta.
Que insiste em ser ela, sabendo não ser possível..
Falta quem a torne, novamente, aquela mesma casa.
A casa em que vivi e, em mim, ainda vivo.

Walter, José.