sábado, 19 de dezembro de 2009

Expectativas.


Elas, que te elevam rapidamente como um foguete.
Elas, que permanecem em órbita enquanto é tempo.
Elas, que explodem todo o seu projeto quando se acabam.
Expectativas.

Sim, o seu projeto! É apenas um projeto: o seu.
Projeto, quando você cria as suas próprias imagens.
Criadas a partir da necessidade de satisfazer uma realização.
E o ponto chave é: você às ama. Ama como se fossem reais.

É natural do ser humano se transportar para um mundo falso?
Se satisfazer, momentaneamente, sabendo que tudo se repetirá?
Que, no fim, você só irá se arrepender do que fez ou não?
E quando isso chega a ficar cômodo? Não incomoda?

Aprendi, da maneira mais difícil, que expectativas não servem.
Não servem para o que realmente desejamos. Não servem!
Depois de tanto sofrer, não seria de estranhar que meus olhos ficassem abertos.
Sonhar é bom, mas nos momentos certos, convenientes.
Sonhar é bom, mas com os pés no chão, ondo você possa vê-los.

Planejar é dar margem para que algo dê errado.
É deixar de sentir o que o momento lhe proporciona.
É impedir que o destino e o acaso façam seus papéis.

Deixar acontecer, sentir, viver o momento.
Tudo deixa de ser o que, supostamente, deveria ser.
Um segundo deixa de sê-lo. Passa a ser uma vida.
Um simples toque, que te faz sair do monótono cotidiano.
Um simples odor, que te transporta a um lugar conhecido.
Um simples beijo (...), que talvez não será mais tão simples.
Um simples alguém, que talvez será a pessoa mais importante da sua vida.

Sim. Eu estou bem.

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